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domingo, 23 de novembro de 2008

Asas...




E ela o olhou
E ele, que estava no cantinho da janela,
sorriu-lhe tão docemente
Que o dia parece que iluminou-se ainda mais
Diante da doçura daquele sorriso

Ela ficou ali
Inebriada, tonta, mole
Deixando-se aquecer
por aquele sorriso solar

Os olhos dele traziam felicidade em poder vê-la
As mãos pareciam tão inquietas
E transmitiam
uma alegria quase palpável

E quando ele falou-lhe tão de perto, tão macio
Trazia na voz uma paz quase audível
E quase com som de acalanto
Ele fez o pedido

— Dá-me asas... quero voar
E ela deu-lhe, por fim,
as asas que faltavam a ele

No beijo
Em nuvens

Um comentário:

Vicio e Virtude disse...

E aquele beijo,
foi o gesto de aprovação,
que faltava à ele.
Carlos Albino